A História
Katherine
era uma garota popular e descolada. Já sua irmã, Rachel, era tímida
e recatada, além disso tinha um dom especial para a música. Certa
noite as duas saem para uma festa com uma amiga de Katherine e o
resultado é catastrófico: a irmã mais nova de Katie foi estuprada
e assassinada.
Triste
com a forma como tudo aconteceu e com a forma como ela e sua família
foram acusada de abusar do talento da irmã, a garota e os pais mudam
de cidade. Eles vão para outra cidade e Katie vai viver com uma tia
em outro lugar.
“Há
apenas uma tonelada de dor para carregar -um fardo permanente e
medonho -, e falar sobre essa carga não a remove, nem a torna mais
leve” (Pág: 27)
Culpando-se
pelo ocorrido, a moça passa a ser o oposto do que era antes. Calada
e evitando interações sociais. Mas isso muda quando Alice aparece e
oferece sua amizade. Junto com Alice e o namorado dela, Katherine aos
poucos vai ganhando sua vida de volta, trazendo de volta um ânimo
que há muito havia perdido.
Aos
poucos a amizade e intimidade vai aumentando e só então Katherine é
capaz de perceber a verdadeira personalidade da amiga. Logo, ela
procura se afastar, mas descobre o real motivo da aproximação de
Alice.
Minha
Leitura
A
história tem um enredo interessante, mas apega-se demais a proposta
inicial. A personagem principal não me agradou muito, achei que ela
deveu em atitude. Em contrapartida a antagonista é forte e
impactante, chegando a assustar por suas ações e hipocrisias.
No
início do livro, os capítulos são alternados em três diferentes
épocas, o que torna a leitura vagarosa e confusa, tanto que são as
primeiras páginas que tornam a leitura lenta e imprimem uma
monotonia paralisante na história.
“Palavras
são só palavras, ajuntamento de sons impotentes contra a força da
verdadeira dor, do verdadeiro sofrimento” (Pág: 45)
A
escrita da autora permite uma leitura ambígua, as vezes dinâmica,
as vezes parada, mas no final da história, e tão somente no final,
essa escrita confere uma agilidade a narrativa e consequentemente a
leitura, por isso, a monotonia inicial é compensada com a dinâmica
final.
A
história narrada em primeira pessoa te permite conhecer um pouco
melhor o personagem que nos empresta seu ponto de vista da história,
no entanto, não vejo Katherine como uma personagem que nos fazem
torcer pelo seu final, é uma personagem passiva e de pouco
personalidade, as vezes covarde e que desperta raiva no leitor.
É
importante mencionar a forma como a história é finalizada, a
maneira surpreendente como a autora criou conexões entre a vida das
personagens e a forma como o ponto final foi colocado na história
deram um tapa na minha cara e desmentiram a previsibilidade que achei
que a história teria.
“Mas
só consigo olhar para os olhos de Alice. Eles são frios,
avaliadores, e as pupilas tão dilatadas, que tudo o que posso ver é
escuridão. Dura e inflexível. Profunda. Implacável. Ali, só há
trevas.” (Pág: 114)
Por
fim, vale dizer, que Bela Maldade relata uma história forte e de
traumas psicológicos que realmente mexem com o leitor, todavia, não
tive um envolvimento com a história e com os personagens. Mas no
geral, posso dizer que foi uma leitura boa e que me chocou em alguns
momentos mais intensos.
Título:
Bela Maldade
Autor:
Rebecca James
Editora:
Intrínseca
Páginas:
302
Nota:
4/5
Olá, como está?
ResponderExcluirNunca tinha ouvido falar desse livro.
O livro parece ser muito vida real e eu curto mais fantasia e aventura, mas, talvez eu desse uma chance para ele.
Odeio quando o autor não consegue arrumar seus pensamentos em texto quando quer falar de vários períodos de tempo diferentes, dá muita raiva, rs rsrs.
Parabéns pela resenha.
www.enquantoestavalendo.com
Olá, Marcelo!
ExcluirTudo bem e vc?
Antes de mais nada, obrigado pela visita e pelo comentário. Histórias fantásticas dão margem a nossa imaginação, por isso, elas nos permitem fugir da realidade, criar e fazer parte de mundos diferentes. Obrigado pelo elogio.
Tudo de bom pra você.
Continue nos visitando! :)